Palmadinha Pedagógica
Bater em um adulto é agressão; bater em um animal é crueldade; então
como é que bater em uma criança pode ser educação?" . Esse
questionamento foi proferido essa semana pela professora de psicologia
Mara Amélia Azevedo essa semana em entrevista para a rádio CBN. Para mim
o próprio questionamento serviria como argumento contra a palmadinha
pedagógica, mas muita gente rebate com "eu apanhava e não tive trauma
nenhum" ou "sou uma pessoa normal e apanhei dos pais na infância".
Bater ensina uma lição: bater.
Apanhava da minha mãe quando criança, e nunca achava que eu estava
apanhando por estar errado. A mensagem que a surra me passava era de que
minha mãe podia me bater porque era mais forte. E depois te ensinam que
não é socialmente aceito você revidar quando você já é mais forte que
sua mãe. Mas pode bater nos outros.
Preferi não aprender a bater, e não bato no meu filho, porque aprendi
que não gostava de apanhar.
Será que meu problema foi fazer diferente do que me ensinava a lição?
Será que a violência de que todos se queixam não é praticada pelos
melhores alunos?
Ah, esqueci, você apanhou mas não tem problema nenhum...
Candrel de Moraes
Nenhum comentário:
Postar um comentário