Admirável Mundo Perdido
“E quando minha alma estraçalhada a todo instante pelos telefones
fugir desesperada me deixará aqui, ouvindo o que todos ouvem, bebendo o que todos bebem, comendo o que todos comem. A estes, a falta de alma não incomoda. (Desconfio até que minha pobre alma fora destinada ao habitante de outro mundo).
E ligarei o rádio a todo o volume, gritarei como um possesso nas partidas de futebol, seguirei irresistivelmente, o desfilar das grandes paradas do Exército.
E apenas sentirei, uma vez que outra, a vaga nostalgia de não sei que mundo perdido...”
Com estas palavras Mario Quintana retrata o seu inconformismo ao mundo moderno e tão atribulado e o correr cada vez mais rápido e frenético das horas de um dia, que faz com que as pessoas deixem de ver as cores da vida, e de sentirem o sabor das coisas. Por vezes o ritmo das mudanças e modernidades tecnológicas acaba por impor à nossas vidas essa falta de visão do mundo e do que realmente viemos fazer nele.
Será que estamos aqui por acaso? O que iremos levar deste mundo? Será que viemos para cá destinados a algo?
Eu acredito que o nosso caminho neste mundo é o da evolução pessoal e coletiva.
Mas será que as pessoas se perguntam qual o verdadeiro propósito de suas vidas. Na realidade podemos ter suposições, especulações, mas certeza nunca teremos, e creio que certezas jamais teremos. Eu, pelo menos, só tenho dúvidas.
E a cada dia que passa as pessoas se perdem num mar de consumo, num buscar mais e mais contínuo de bens matérias, creio que para suprir o imenso vazio que a vida moderna causa.
Vivemos dias de objetos descartáveis, bens descartáveis, pessoas descartáveis. Pessoas sim, também nos tornamos descartáveis a medida de que quem não se enquadra no modelo atual, é deixado de lado, e até mesmo marginalizado. Quem não se rende ao consumo, as coisas fúteis, as banalidades, é considerado um lunático, um sonhador, um ser fora da realidade. Mas qual é a realidade?
É, meu caro e saudoso poeta, desconfio também que minha alma foi destinada ao habitante do outro mundo. Por vezes sinto que não pertenço a este mundo.
Vamos caminhar para a evolução, aprendendo a ouvir mais nossa intuição, ouvindo mais as pessoas que nos cercam, aprendendo a respeitar os limites e limitações alheias e as nossas mesmas.
Perceber que não viemos a este mundo a passeio, e que temos a obrigação de aperfeiçoar nossas almas todos os dias, buscando a realização pessoal, íntima, e esta não passa pelas banalidades do mundo.
Aprender e buscar sempre o caminho da evolução espiritual este é nosso propósito neste mundo.
Adriana Grivot
fugir desesperada me deixará aqui, ouvindo o que todos ouvem, bebendo o que todos bebem, comendo o que todos comem. A estes, a falta de alma não incomoda. (Desconfio até que minha pobre alma fora destinada ao habitante de outro mundo).
E ligarei o rádio a todo o volume, gritarei como um possesso nas partidas de futebol, seguirei irresistivelmente, o desfilar das grandes paradas do Exército.
E apenas sentirei, uma vez que outra, a vaga nostalgia de não sei que mundo perdido...”
Com estas palavras Mario Quintana retrata o seu inconformismo ao mundo moderno e tão atribulado e o correr cada vez mais rápido e frenético das horas de um dia, que faz com que as pessoas deixem de ver as cores da vida, e de sentirem o sabor das coisas. Por vezes o ritmo das mudanças e modernidades tecnológicas acaba por impor à nossas vidas essa falta de visão do mundo e do que realmente viemos fazer nele.
Será que estamos aqui por acaso? O que iremos levar deste mundo? Será que viemos para cá destinados a algo?
Eu acredito que o nosso caminho neste mundo é o da evolução pessoal e coletiva.
Mas será que as pessoas se perguntam qual o verdadeiro propósito de suas vidas. Na realidade podemos ter suposições, especulações, mas certeza nunca teremos, e creio que certezas jamais teremos. Eu, pelo menos, só tenho dúvidas.
E a cada dia que passa as pessoas se perdem num mar de consumo, num buscar mais e mais contínuo de bens matérias, creio que para suprir o imenso vazio que a vida moderna causa.
Vivemos dias de objetos descartáveis, bens descartáveis, pessoas descartáveis. Pessoas sim, também nos tornamos descartáveis a medida de que quem não se enquadra no modelo atual, é deixado de lado, e até mesmo marginalizado. Quem não se rende ao consumo, as coisas fúteis, as banalidades, é considerado um lunático, um sonhador, um ser fora da realidade. Mas qual é a realidade?
É, meu caro e saudoso poeta, desconfio também que minha alma foi destinada ao habitante do outro mundo. Por vezes sinto que não pertenço a este mundo.
Vamos caminhar para a evolução, aprendendo a ouvir mais nossa intuição, ouvindo mais as pessoas que nos cercam, aprendendo a respeitar os limites e limitações alheias e as nossas mesmas.
Perceber que não viemos a este mundo a passeio, e que temos a obrigação de aperfeiçoar nossas almas todos os dias, buscando a realização pessoal, íntima, e esta não passa pelas banalidades do mundo.
Aprender e buscar sempre o caminho da evolução espiritual este é nosso propósito neste mundo.
Adriana Grivot
Um comentário:
Olá, Adriana!!!!
Se viemos ao mundo por acaso? De jeito nenhum!!!! E se viemos ao mundo destinados a algo? Com certeza!!!!
E me arrisco até a responder a essa pergunta: A AMAR, SERMOS AMADOS, SERMOS E FAZERMOS A FELICIDADE DE QUEM NOS RODEIA... VIVER, ENFIM!!!!
E viver é exatamente termos dúvidas, incertezas, buscarmos e encontrarmos sempre um novo sentido pra nossa vida.
Mas claro que não temos, nem NUNCA teremos todas as respostas; não mesmo!!!! Porque quem tem todas as respostas - se é que existe alguém nessa condição - pode se considerar morto.
Digo isso por acreditar que um ser que possua todas as certezas e nenhuma dúvida, é alguém que não tem mais interesse e gosto pela vida. E como a vida é uma eterna e constante descoberta, viver é estar sempre aberto a elas.
Realmente não viemos ao mundo a passeio; estamos irremediavelmente fadados a cumprir nossa maior missão: evoluir pessoal e espiritualmente.
E existem algumas formas de se conseguir isso: ouvindo mais nosso coração e as mensagens que ele todos os dias nos dá; sempre nos abrindo ao aprendizado; e principalmente... AMANDO E SE DEIXANDO AMAR!!!! E posso garantir: AINDA TEM GENTE INCAPAZ DE DAR E RECEBER AMOR!!! (inclusive, conheço e já tive a experiência de me deparar com pessoas assim)
Precisamos mesmo lembrar que o caminho da evolução e crescimento passa a léguas de distância das banalidades do mundo. Aliás, as banalidades não passam de "armadilhas" , "obstáculos" ao cumprimento do nosso propósito no mundo.
Quando deixarmos de nos preocupar com "ter" e passarmos a dar mais atenção a "ser" , nossa função no mundo começará a ser de fato cumprida, e a sensação que alguns de nós temos de que a nossa alma não pertence a esse mundo desaparecerá.
Posso dizer que já faço minha parte nesse sentido. E desejo e faço o possível para que ao menos aqueles que me cercam também façam a sua.
MUITO BOM O TEXTO!!!! PARABÉNS!!! Abraço pra você!!!
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