31/03/2009
Você aguentaria conhecer minha verdade?
Pois tome. Prove. Sinta.
Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno.
Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração.
Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louco, estranho, lindo, chato!
Eu sou assim.
Tenho um milhão de defeitos.
Sou volúvel. Sou viciado em gente.
Adoro ficar sozinho.
Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço: Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir...
Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo.
Este é o meu alimento: Palavras para uma alma com fome.
Você aguentaria viver na montanha-russa que é meu coração?
Desculpa, nada é pouco quando o mundo é meu!"
30/03/2009
29/03/2009
Arrastão Intelectual
Abrazzo do ...Tauico!!!
Cabra Marcado Pra Escrever
Ela e outras pessoas com idade superior a 60 anos concluiram um curso realizado na cidade litorânea de Cabo de Santo Agostinho 37 Km ao sul de Recife.Quase todos os alunos da turma de Tia Preta trabalharam em plantações de cana-de-açúcar, não puderam estudar na juventude e estavam recebendo o diploma da turma de alfabetização. Aos 92 anos Tia Preta recebeu seu diploma por ter aprendido a ler.
Sou estudante do primeiro período de jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco, e com meus 34 anos sou o mais velho em uma turma em que mais da metade dos alunos não passou dos 20 anos.Ser eu 1 dos únicos 3 alunos em 40 que tiveram sua formação do ensino médio em escolas públicas, esse é outro fator que faz minha presença tornar a turma do terceiro curso mais concorrido da universidade mais concorrida do Nordeste um pouquinho menos homogênea.
Pablo tentou por 5 anos entrar no curso de medicina da UFPE, sem sucesso. Desistiu e entrou no curso de fisioterapia da mesma universidade e passou lá 2 anos e meio antes de abandonar, prestar novo vestibular para jornalismo.Pablo é meu colega de turma e teve a maior nota da nossa turma no vestibular. Feliz por sentir que conseguiu finalmente responder para si mesmo aquela perguta que nos fazem quando somos crianças: "o que você vao ser quando crecer". Pablo só lamenta que demorou para chegar a essa conclusão de quer, mais do que qualquer outra coisas, ser um jornalista. Tenho 9 anos a mais que Pablo, que tem 25, se minha presença servir de consolo para ele...
Flávia é apaixonada por história. Mal começamos o curso de jornalismo e ela já está insatisfeita: "Devia estar fazendo história" -repetiu várias vezes, dia desses.
A turma me convidou essa semana para um tradicional torneio de futebol da turma de jornalismo. Estou começando a fazer novos amigos. Mais um recomeço.
Nunca é tarde para recomeçar.Aos 34 eu recomeço.Tia Preta começa aos 92, pois quando perguntada pelo repórter se pretendia ir adiante sorriu "se Deus quiser eu continuo estudando, se Deus não quiser, eu não estudo, não é?
Candrel de Moraes
La Hija del Sueño
envolto em mantos
eu te senti leve
eu te senti um santo.
Eu te faço prosas
eu te faço cantos
eu em ti me inspiro
eu por ti me encanto.
Eu sou toda prantos.
Eu te vi na noite
dentro dos bares
em meio a mulheres
eu te senti fraco
eu te senti homem, só.
Eu te faço cantos,
eu em ti me inspiro
eu por ti me encanto.
Eu te vi bêbado,
eu te vi criança,
eu te vi com medo.
Eu te faço todos os cantos,
eu por ti me encanto.
Eu te vi homem
lutando com a vida.
Eu te senti pronto,
eu te vi claro,
eu te senti vivo.
Contigo sempre me espanto.
Adriana Grivot
Pensando com o Sezaru
Exceto a vida, exceto a vida, exceto a vida!"
(William Shakespeare)
28/03/2009
27/03/2009
26/03/2009
25/03/2009
"Tudo de bom que você me fizer
Faz minha rima ficar mais rara
O que você faz me ajuda a cantar
Põe um sorriso na minha cara
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte na vida
Quando te vejo não saio do tom
Mas meu desejo já se repara
Me dá um beijo com tudo de bom
E acende a noite na Guanabara
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte de cara..."
(Papas da Língua - Sorte)
24/03/2009
22/03/2009
Arrastão Intelectual
La Hija del Sueño
Hoje vou falar sobre a idealização de um parceiro. Vivemos em uma sociedade tão cheia de ícones e modelos perfeitos, que é quase impossível não idealizarmos um parceiro que não esteja de acordo com os padrões que a mídia veicula em comerciais de TV e em capas de revistas. Acredito que seria mais fácil termos uma máquina que criasse em larga escala protótipos do par ideal. Assim teríamos como montar partes que fossem do nosso agrado. Tal como o rosto da fulana que foi capa da última revista de moda, com o corpo de alguma modelo de revista masculina. E assim as mulheres poderiam também fazer o mesmo, o rosto daquele galã da novela com o corpo do saradão mais cobiçado.
É meus amigos, infelizmente esta máquina ainda não chegou ao mercado.
As pessoas estão tão preocupadas com a aparência que esquecem do verdadeiro valor de se ter um parceiro. Não estou falando aqui dos atributos físicos de uma pessoa, mas aqueles que ficam quando o corpo já não é tão perfeito. Eu, particularmente, acredito que se deva buscar qualidades em um parceiro que vão além do físico, e essas qualidades talvez eu não encontre no galã da novela, nem no saradão bonitão da praia. Falo de qualidades morais, na capacidade de compreensão, do respeito, da amizade, do carinho, de alguém que se preocupe comigo, que goste de mim como sou, e mais ainda, me aceite como sou, com minhas virtudes e defeitos. Isso, creio eu, não é impossível se pararmos de idealizar somente o físico, e começarmos a idealizar o que realmente queremos em um par.
Escolhas sempre temos que fazer na vida, eu diria que passamos a maior parte das nossas vidas fazendo escolhas, e elas definem os nossos sucessos e fracassos, mas isso faz parte do aprendizado de viver, e da aventura de viver.
Mas, meus amigos, acredito também que será humanamente impossível criar uma máquina que capaz de formar caráter. Isso nós moldamos com o tempo, e com o meio em que vivemos.
Eu sei que é difícil fazer escolhas certas, fácil é nos deixar levar pelos impulsos e escolhermos um parceiro apenas pela beleza física.
E lembrem-se caráter não se compra, não tem preço.
Adriana Grivot
Cabra Marcado Pra Escrever
Tá lá no best-seller da capa preta : "amai os vossos inimigos ". Não deve ser para aprendermos isso em uma só encarnação.Ou vai faltar lugar no inferno. Com algum esforço, no máximo, conseguimos o que Lulu Santos canta em seu velho hit, e assim "Não desejamos mal a QUASE ninguém" (Toda Forma de Amor). Desejo, de verdade, que meus desafetos sejam felizes. Bem longe de mim. Podiam ser felizes na Austrália ou na Suécia, isso enquanto a primeira missão tripulada para Marte ainda não for possível.
Conheci uma garota há alguns anos com quem não fui com a cara à primeira vista. O problema é que a tal garota parecia ter ido com a minha. Eu a achava pretensiosa e exagerada.Soube que era filha única e à medida que a conhecia melhor ela foi se encaixando na minha cabeça como a encarnação da música “Filho Único”, o mea-culpa song que Cazuza gravou no seu último trabalho, “Burguesia” (“porque eu sou filho único e os filhos únicos são seres infelizes”). Como a garota me tratava bem – até parecia gostar de mim, vejam só! – não me sentia à vontade para não gostar dela.
Há poucos dias, a libertação: um conhecido que temos em comum me confessou que a tal garota-Cazuza-sem-o-talento-de-Cazuza disse a meu respeito: “eu o conheço faz tempo, e ele sempre foi um abestalhado”! Ufa! Agora me sinto em uma situação confortável para desejar que ela conheça um belo marciano que a leve e a faça feliz em seu planeta.
Estive pensando, e acho que, mais difícil que obedecer o “amai os vossos inimigos” é “amar o próximo”.
É mais fácil aturar as manias de quem está longe.
Dia desses na minha aula de Francês Instrumental (não queiram que eu diga o que é isso) minha professora que mora há quase 3 décadas na França, nos explicando o porque de os franceses em geral não gostarem dos árabes, foi objetiva: “porque tem muitos deles por perto”. Depois ela veio com mais detalhes sobre a diferença cultural, de costumes e blá-blá-blá, mas o “estar por perto” me pareceu suficiente.
Ora, por que nossos principais rivais no futebol (só no futebol?) são os argentinos, com seus 2 títulos mundiais, e não a Alemanha e a Itália, com 4 títulos cada? Resposta: A Argentina está perto demais!
Problema dos palestinos e israelenses: pertos demais.
Rivalidade entre Pernambuco e Bahia: pertos demais.
Cariocas e paulistas: pertos demais.
Franceses e Ingleses: pertos demais!
Por que torcedores de futebol, quando outro time de seu próprio estado enfrenta um outro time de fora, eles torcem pelo forasteiro? Perto demais!
Que meus inimigos sejam felizes! Longe.
Que meus amigos façam o imenso favor de me aturar por perto, pois até algumas pessoas de quem gostamos podem estar perto demais – ou por tempo demais.
“Amar os vossos inimigos” ou “amar o próximo”... Temos que continuar tentando aprender – faz parte da evolução espiritual, eu creio. Mas é bom que esse negócio de reencarnação exista – pois essas lições vão ficar para a próxima.
Candrel de Moraes
No Final do Arco-Íris
Amar, não é sofrer uma dor que não se quer sentir. Isso é sofrer.
Amar, é antes de tudo ter amor próprio, e isso ser reconhecido por quem resolveu estar do teu lado.
Pelo menos até à noitinha... ja que ainda não controlamos o tempo.
Para uma vida que sempre foi guiada
nos altos e baixos de uma montanha russa,
está sendo gratificante viver
a tranquilidade de andar na roda gigante e poder apreciar a paisagem.
É bom aprender à viver!
É bom viver!
Gisele Rebelo
Pensando com o Sezaru
Aldous Huxley
21/03/2009
20/03/2009
19/03/2009
18/03/2009
17/03/2009
16/03/2009
Este reinado se tornará seu melhor amigo, sua alma gêmea, e seu amor."
(Helen Keller)
15/03/2009
Arrastão Intelectual
Vale a pena conferir! Muitas idéias rolando!
Abrazzo do ...Tauico!!!
No Final do Arco-Íris
De onde vêm, por que permanece e, se for o caso, para onde vai...
Gisele Rebelo
Cabra Marcado Pra Escrever
Thomas Anderson desconfiava que nem tudo o que seus olhos viam era
real. Mas talvez estivesse trabalhando demais, e ficando paranóico.
Depois de conhecer uns caras estranhos, que estranhamente concordavam
com ele, Thomas Anderson vai dormir e acorda em um mundo estranhíssimo.
O mundo em que vivia desapareceu, e tudo o que tinha vivido tinha sido
apenas um longo sonho. Até seu nome tinha mudado. Agora se chamava Neo.
Esse é parte do enredo de MATRIX, um dos maiores sucessos do gênero
ficção científica no cinema, em que Keanu Reeves interpretava Neo.
Já imaginou acordar e essa vidinha mais-ou-menos ter sido apenas um
longo sonho?
Fico pensando que Deus poderia ter tido bem menos trabalho: em vez de
criar esse universo aparentemente sem fim, bastaria criar tudo no nosso
cérebro. O resultado seria o mesmo, já que a percepção não mudaria.
Stephen Hawkins, considerado um dos maiores cientistas vivos ou mortos,
e popularmente conhecido como "aquele cientista que vive numa cadeira de
rodas sem quase movimento algum", chegou à seguinte conclusão depois
de anos pesquisando e calculando a matemática do Universo: DEVE HAVER
DEUS (there must be God). Esse "deve" do Stephen Hawkins não é um
"deve" de "provavelmente" ou "quase certo de que", mas um "deve" de "é
isso e não tem como não ser".
A revista Super-Interessante desse mês de março (2009) traz uma
matéria mostrando que os ateus do primeiro mundo estão se unindo para
veicular propagandas defendendo seu ponto de vista de que não há Deus.
A complexa mente humana, que DEVE ter sido criada por Deus já que Deus
DEVE existir, nos permite conceber diversas possibilidades de realidade, inclusive a possibilidade da inexistência de Deus.
Numa outra ponta a mente de alguns indíviduos concebem um mundo em
que são o próprio Deus, ou Jesus Cristo. Quando conseguem convencer
muita gente sobre isso acontecem tragédias como o suicídio coletivo
da comunidade criada pelo pastor Jim Jones nos anos 70, ou David Koresh
nos 90. Quando pessoas assim não têm uma boa de lábia, são
recolhidas a instituições que cuidam de desvios psiquiátricos.
Em um nível mais socialmente aceitável , em que o sujeito não acha
que é Deus ou o messias, mas
sua mente apenas concebe um mundo em que Deus fala por meio de si, com
uma boa retórica pode-se criar uma religão ou subir aos mais altos
cargos em instituições religosas respeitáveis.
Aqui em Pernambuco, Dom José, arcebispo de Olinda e Recife, vive em
um mundo onde é ele quem abre e fecha as portas do céu, ou pelo menos
diz quando e para quem.
Esse mês Recife foi notícia no mundo inteiro por causa de um
procedimento de aborto realizado em uma menina de 9 anos que havia
engravidado do padastro. Pela lei brasileira, o aborto é permitido em
casos de estupro ou risco à vida da mãe. O caso da menina de nove
anos, grávida de gêmeas, se encaixava nos dois critérios. Mas Deus,
falando por intermédio de Dom José, expulsou do paraíso e
excomungou os médicos que realizaram o aborto.
A mente dos ateus concebem um Universo sem Deus, e na de Dom José,
Deus fala com seus lábios.
Imagine quantos mundos existem nessa imensidão de mentes que andam
por aí.
A mente do eterno Beatle John Lennon concebeu a canção "Imagine", em
que nos convidava a imaginarmos junto com ele como seria se o Céu e
religiões não existissem. Dom José faz a ideia de aceitar o convite
de Lennon mais interessante.
Candrel de Moraes
La Hija del Sueño
quando me encontro só
Só, nas ruas da cidade
na louca liberdade
que só a noite traz.
Procuro estrelas da
noite, ninfas,
belas ninfas.
Sou forte quando sou fraco,
quando preciso de um trago.
Sou forte quando a noite
me diz que hora,
a hora h.
Sou forte quando sou louco.
Quando desejo prazer,
quando desejo dor,
quando desejo amor.
Sou forte quando sou louco.
Quando me sinto pronto,
pronto para viajar.
Sou forte quando sou doido,
quando sou imoral e sem pudor.
Quando vago nas ruas
trêmulo de pavor.
Sou forte quando desejo a noite,
quando desejo o açoite
o doce açoite de beijos e terror.
14/03/2009
13/03/2009
12/03/2009
11/03/2009
10/03/2009
09/03/2009
08/03/2009
Pensando com o Sezaru
Terence McKenna
No Final do Arco-Íris
Mulher é bicho triste...
E daí a gente nunca vai entender as mulheres...
Sou mulher, gosto de mulher, namoro mulher e sei bem do que estou dizendo...
Saio meio dia da agência e pego um ônibus em direção ao centro, quando passo por uma rua e olho para baixo:
PUM corsa, PUM placa, PUM ex-namorada!
Ok! Nada a temer... Pensante, talvez...
Entro na agência, fico viajando... Daí resolvo ler o fotolog da guria...
Toca o celular... Dou um pirulito para quem acertar!
SIM! A ex!
Agora me diz: COMO?
Ok, Nada a temer... Atendo...
Era ela querendo me devolver algumas coisas.
Detalhe: pedi essas coisas já alguns meses atrás...
Desci da agência, peguei as coisas, dei oi e subi. Tava acompanhada. Que bom!
Enfim...
Daí voltando pra minha sala, pensei:
Quê dia é hoje?
Retrospectiva...
Ontem, dia 9 de fevereiro, há exato um ano, eu estava comemorando meu aniversário feliz da vida com ela... Estávamos em uma das melhores fases do namoro.
Hoje, dia 10 de fevereiro, faríamos 2 anos e 4 meses... E o q tinha dentro da sacola?
Meu álbum de um ano e um sedex que ela mandou há exatos dois anos atrás, contendo uma carta pelos aniversários de namoro e o meu próprio.
Amanhã, dia 11 de fevereiro é meu aniversário...
Mulher é bicho triste mesmo! Teve longos meses para me deixar as coisas, mas foi escolher a data certinha para 'causar'...
Mulher adora causar... Causamos tanto! Incluo-me nessa... Sou bicho triste também!
Enfim... Ela não conseguiu o que queria... Não causou!
E por essas e outras, que eu dedico essa coluna de hoje para todas as mulheres causantes!
Por que somos o que somos, por que causamos!
E todos amam!
Feliz Dia Internacional da Mulher!
Gisele Rebelo
La Hija del Sueño
Que me perdoem os que pensam que o maior mal do mundo é a violência ou a injustiça social. Creio que são dois males terríveis, mas nada comparado à intolerância e a impaciência que contribuem muito para a violência. Poderia dizer que a intolerância eleva em muito a violência, mas não me refiro às grandes intolerâncias, aquelas que explodem em uma violência generalizada, e muitas vezes infundada. Me refiro às pequenas intolerâncias diárias, aquelas cometidas no caixa do supermercado, nas filas dos bancos, no trânsito, coisas muitas vezes evitadas se exercêssemos uma virtude rara nos dias de hoje a paciência. Vivemos numa constante busca pelo dinheiro, pelos bens materiais, por não perdermos tempo no caixa do supermercado, na fila do banco, no trânsito cada dia mais caótico das grandes cidades. E assim, esquecemos de viver a delicadeza nos pequenos gestos. Esquecemos muitas vezes a educação, e esta sim é a chave que abre a maioria das portas no mundo. Esquecemos muitas coisas pequenas, e esquecidas no mundo moderno. Esquecemos de ouvir um pássaro cantar em meio a um parque, muitas vezes mal conservado, escondido em meio à selva de pedra das grandes cidades. São pequenas e preciosas coisas que deixamos de lado em prol da correria do dia a dia, do ter que ganhar a vida, do consumo exagerado, e muitas vezes infundado. Queremos cada dia mais coisas e não paramos para nos perguntarmos se realmente as necessitamos. A intolerância nos leva desde as pequenas agressividades diárias até as mais descontroladas. Quando iremos parar de correr atrás de ideais, cada dia, mais volúveis e fúteis?
Adriana Grivot
Cabra Marcado Pra Escrever
O Sport Club do Recife está na Libertadores da América. O Sport, como
chamamos, é um dos 3 times de futebol chamados grandes de Pernambuco, e
a Libertatores é chamada de a maior competição de clubes de futebol das
Américas. Ser um grande time em Pernambuco, não é ser um grande time em
São Paulo ou no Rio de Janeiro, ou mesmo na região Sul do país ou em
Minas Gerais. Assim como ser um grande time no Brasil não é ser um
grande time na Europa.
Todas essas diferenças não se explicam pela intensidade do amor dos
torcedores pelo seu time. Amor mais intenso = time maior? Nada disso.
Também não é a habilidade dos que vestem profissionalmente a camisa de
um time que o faz grande. De fato, é o inverso disso: sendo um time
grande, grandes jogadores vestem sua camisa. Pelo mesmo amor que os
torcedores tem pelo time? Vou falar o óbvio: o sucesso de um time de
futebol depende de uma boa quantidade de dinheiro sendo bem
administrado. Só. Claro que administração tem a ver com marketing
também. Isso deve ser absurdamente óbvio, mas as pessoas não se
comportam como se fosse óbvio. A verdade é que não importa o quanto você
sofre pelo seu time pois não é isso que vai fazê-lo grande.
Houve um tempo em que Pernambuco era chamado de Leão do Norte pelo
poder, prestígio e influência que tinha no início do Brasil. Algum tempo
depois de invadirem essas terras, a tomarem na mão grande dos habitantes
anteriores e chamarem-na de Brasil, o local onde hoje está Pernambuco
era muito bem administrado. Tinha a Cana-de Açúcar e tudo mais, mas o
que importou mesmo foi a administração dos recursos.
Já devem ter ouvido falar de Gilberto Freire. Não? Gilberto Freire foi
um celebradíssimo sociólogo pernambucano, que escreveu "Casa Grande &
Senzala". Na opinião dele o pernambucano se ressente por seu estado já
ter tido uma importância bem maior do que tem hoje. Senão vejamos:
* O carnaval de Pernambuco rivaliza com o da Bahia.
* O pernambucanos ressentem-se pelo turismo do Ceará ser mais bem
administrado do que o de seu estado.
* Nas tradicionais festas juninas rivalizam com a Paraíba - eles têm em
Campina Grande "O Maior São João do Mundo" , nós temos em Caruaru "A
Capital do Forró".
* Além disso as dunas de Natal (RN) não são páreas para as piscinas
naturais de Porto de Galinhas, dizem os pernambucanos.
O povo pernambucano é, regra geral, como todo brasileiro, bastante
hospitaleiro, mas me pergunto se somos bons vizinhos com essa mania de
competição, esse ressentimento de que falou Gilberto Freire.
Foi no ano passado que o Sport Club do Recife, um time pernambucano,
venceu uma competição nacional, a Copa do Brasil, e por direito
adquirido, por mérito, disputa a mais importante competição das
Américas. O pernambucano comum esquece que o Sport está lá por uma boa
administração de recursos, por mérito, e não por nascimento. Não é assim
que qualquer torcedor de futebol age? Pois é meio assim pernambucano é
com suas coisas.
Dia desses estava assistindo a tv com minha namorada e uma torcida do
Rio Grande do Sul bradava o côro "Ah, eu sou gaúcho!!!!". A reação da
namorada: "Humpf, e daí?". Mas aquilo fazia enorme sentido pra mim.
Assim como Pernambuco, o Rio Grande do Sul tem uma história de
levantes libertários. Se Pernambuco "tem que ser" o melhor do Nordeste,
a sua região, por sua tradição histórica, vez ou outra algum movimento
gaúcho se pergunta "não estaríamos melhor por conta própria?".
Vendo de fora, ao menos os gaúchos vão levando a vida buscando seu
espaço por mérito, e tem o padrão Globo de qualidade de imagem
(plim-plim). Eu, Candrel de Moraes, pernambucano de Recife, 34 anos, me
pergunto se nós aqui do meu estado não nos acomodamos achando que temos
algum direito especial por nascimento. Como o nosso time, o Sport, que
está na Libertadores, e alguns acham que o lugar dele sempre foi no topo
das Américas.
Tal qual Dom Quixote, pernambucanos lutadores enfrentam moinhos de
vento, como cavaleiros que se veem vestidos de armadura enfrentando
gigantes. Vou acreditando que a pena é mais forte que a espada e,
escritor quixotesco que sou, acreditando que cada linha minha tem enorme
importância. Talvez eu nem seja esse cavaleiro de armadura reluzente das
letras, enfrentando gigantes imaginários e errando os inimigos reais.
Mas, façam o favor de me dar um desconto, que eu nasci pernambucano.
Candrel de Moraes
07/03/2009
06/03/2009
05/03/2009
04/03/2009
03/03/2009
02/03/2009
01/03/2009
Arrastão Intelectual
Seguindo as inovações´2009 aqui do Pensamentos Avulsos, decidi dar um novo formato às colunas dos meus (por enquanto) três amigos colaboradores: Agora, elas estão agrupadas na nova revista eletrônica de domingo: Arrastão Intelectual.
Escolhí bem os autores, para termos sempre mensagens úteis, que nos façam pensar, e avançar intelectualmente mais um pouquinho; Conforme forem saindo as novas edições, você irá começar a perceber as características de cada um. Tenho certeza que, como eu, você também irá curtir muito esta nova revista. Afinal, ela é feita para você!
Uma ótima semana, muito produtiva e cheia de paz! Para todos nós!
Abrazzo do Tauico!!!
Pensando com o Sezaru
Terence Mckenna
No Final do Arco-Íris
Então...
Tinha alguns textos elaborados... Coisas minhas, pessoais.
Porém, achei muito mais interessante, conversar um pouco com os visitantes e expor algumas informações interessantes sobre a minha pessoa. Até mesmo para conseguirmos entender o porquê de “No Final do Arco-Íris”...
Uma vez, no orkut, me adiciona um cara... Bonito até... Que alegando querer me conhecer, pede meu msn.
Trocamos...
Quando me adiciona um “locoehpoco” arroba qualquer coisa, vi que poderia não ter feito um bom contato... Ou talvez sim!
Após horas, dias e meses de conversas, nos conhecemos numa missa de Páscoa...
Um mês depois éramos namorados!
Meio ano se passou, e devido a alguns desentendimentos, terminamos nossa história. De amor. Melhor... Terminamos nosso namoro! Pronto!
É... Daí eu saí à caça... De mais um, dois... Dez... Até que voltamos a conversar. Esse cara era um bom sujeito... Além de ser meu ex-namorado, claro.
Mas ele definitivamente conquistou o belo lugar de melhor amigo!
Meu confidente, amigo, irmão (incestuoso, claro) e parceiro para qualquer proposta, esse cara se tornou uma das pessoas pela qual eu mato e morro por ele.
Tempos depois, me vejo à frente de uma nova aventura: comecei um namoro com a minha melhor amiga na época.
Quem segurava as pontas na minha casa? Ele...
Quem praticamente burlou as regras da física em dizer que faltavam alguns minutos para eu estar em casa, quando faltavam ainda 2 ônibus e uma consulta médica a ser efetuada? Ele...
Quem simplesmente apóia a ex-namorada a se assumir? Ele...
Enfim... Esse cara que segurou todas as minhas pontas e remenda quase que todos os dias meus furos, me convidou para escrever uma coluninha semanal no blog dele. Na hora eu aceitei!
Esse cara se chama Otavio (sem acento). É um carioca metido a gaúcho que torce pro grêmio e não fuma free vermelho porque pode causar reações gástricas não-desejadas.
Então é isso!A partir da próxima semana, ficaremos sabendo o que de fato existe NO FINAL DO ARCO-ÍRIS!
Até lá!
Gisele Rebelo